Dezesseis escolas já foram atacadas em São Luís e Região Metropolitana, sendo que 14 salas foram completamente destruídas e 500 alunos estão sem estudar.
“Tristeza, não é? Porque isso aqui é patrimônio da comunidade e é onde as crianças estão a desenvolver o conhecimento, e aí acontece uma coisa dessa. Como fica a situação dessas crianças?”, questiona a diretora de uma das escolas atacadas, Deurenice Mendes.
Diretores, professores, pais e alunos estão preocupados com essa sequência de ataques dos últimos dias. Em outras, sequer está havendo aula, como na U.E.B. Luís Viana, que passa o dia inteiro fechada e sem previsão de quando vai voltar a funcionar.
“Houve uns atentados com ameaças de ‘tocar’ fogo nos colégios, tiveram incêndios. Aí o pessoal com medo resolveu não botar os alunos em sala”, disse um funcionário da escola que preferiu não se identificar.
Na U.E.B. Senador Miguel Lins, os alunos vêm sendo liberados uma hora mais cedo. Os estudantes também estão com medo. “Uma denúncia aí, de que iam botar fogo no colégio. Nós saímos cedo”, relata um estudante.
Em outra unidade, criminosos teriam feito várias ameaças por telefone. A diretora preferiu não arriscar. “Estamos liberando mais cedo”, confirma.
Alguns pais sequer estão esperando o horário em que os alunos são liberados. Vão buscar as crianças assim que saem do trabalho. “A preocupação de você deixar seu filho e não ter segurança, saber se vão botar fogo, se vão queimar, se vai ter alguém para resguardar, fazer a segurança das crianças”, diz um dos pais ouvidos pela reportagem.
O secretário de Educação de São Luís diz que a dispensa de alunos não é uma recomendação da secretaria, mas afirma que entende o medo da comunidade. “A escola tem autonomia, se o temor dela é tão grande junto com o Conselho Escolar, a comunidade escolar e a própria família, vamos respeitar”, diz Moacir Feitosa.
A Secretaria de Estado da Segurança Pública do Maranhão (SSP-MA) diz que novas estratégias de prevenção e repressão contra esses tipos de crimes estão sendo montadas pelas forças policiais, a fim de garantir a segurança da população.
Fonte:G1MA