/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2018/z/d/EwjqO0SeuDBQLAuaaVvg/junior-marreca.jpg)
O deputado federal
(não reeleito) e ex-prefeito de Itapecuru-Mirim, Antonio da Cruz Filgueira
Júnior, conhecido por “Júnior Marreca” (Patriota), foi condenado a devolver R$ 45 mil ao
erário e também pagar multa civil de mesmo valor.
A sentença é
assinada pela juíza Laysa de Jesus Mendes, titular da 1ª Vara da Comarca de
Itapecuru-Mirim, e diz respeito a atos de improbidade administrativa quando Marreca
era prefeito da cidade. A juíza também determinou a suspensão dos direitos
políticos e a proibição de contratar com o poder público por cinco anos. Cabe
recurso da decisão.
A ação foi movida
pelo Município de Itapecuru, que alegou estar inscrito no Cadastro Estadual de
Inadimplentes em face do Convênio n.º 70/2012 assinado junto à Secretaria de
Estado da Educação (SEDUC) para a construção de uma escola com seis salas de
aula, no Bairro Torre.
Segundo o
Município, do valor total (R$ 968 mil), o ex-prefeito recebeu R$ 450 mil, mas
deixou a Fazenda Municipal em inadimplência por ter prestado contas em atraso,
sendo estas rejeitadas por indícios de irregularidade. Para a juíza, o
ex-prefeito se omitiu do dever de prestar contas dos recursos na forma e prazo
estabelecidos, mesmo tendo realizado o pagamento de quase totalidade dos
valores recebidos.
“Assim, a conduta
do réu de apresentar contas com atraso injustificável e somente após
ajuizamento da ação de improbidade administrativa pode ser enquadrada como ato
improbo descrito no art. 11, inciso VI da Lei n.º 8429/92”, declara a juíza.
O G1 entrou em contato com a assessoria e a defesa
de Júnior Marreca, mas o deputado não se manifestou.
Outras condenações
Pela mesma juíza
Laysa Martins, Júnior Marreca foi condenado em duas ações civis públicas por atos
de improbidade administrativa pela época em que era prefeito de Itapecuru-Mirim.
As ações ajuizadas pelo Ministério Público do Maranhão citam convênios com a
Secretaria Estadual de Esportes e Lazer para construção de duas quadras
poliesportivas no município.
Segundo o MP-MA, tanto o
município quanto a empresa contratada realizaram apenas 4% da obra, equivalente
ao valor de R$ 5,8 mil. Por meio de extratos bancários, o MP apurou o desvio
dos recursos, o que configuraria ato de improbidade administrativa com prejuízo
ao erário municipal.
Na época, o deputado afirmou que ordenou a
suspensão da obra para evitar dano ao erário, em razão da constatação de
sobrepreço. Também disse que a movimentação financeira do convênio ocorreu em
decorrência de fatos imprevisíveis que prejudicaram as finanças municipais, com
vistas ao cumprimento de obrigações, como pagamento de servidores. Disse ainda
que procedeu à transferência dos recursos do convênio para a conta única do
município, mas que depois devolveu os recursos para a conta do convênio.
Fonte:G1MA