Nos Estados Unidos, uma bebê nasceu com duas cavidades orais, um quadro raro, com apenas 35 casos relatados na literatura médica desde 1900.
De acordo com os médicos, o problema é causado por malformação congênita. A descrição foi publicada no jornal científico BMJ Reports.
Após o nascimento, uma ressonância magnética e uma tomografia computadorizada da região da mandíbula mostraram que essa "segunda boca" ainda continha um conjunto de dentes não irrompidos, um lábio e uma língua que se moviam em conjunto com a língua principal sempre que a criança era alimentada.
De acordo com os médicos da Medical University of South Carolina, nos EUA, que descreveram o caso, a pele ao redor da segunda cavidade desenvolveu uma superfície e secretava um líquido claro, semelhante a saliva. Apesar da anomalia, a menina não apresentou dificuldades para comer ou respirar --sua boca primária não estava conectada a essa segunda cavidade oral. Tratamento.
Tratamento
Ao completar seis meses de idade, a criança foi levada ao centro cirúrgico para a remoção da lesão. A bebê teve um inchaço no local da cirurgia e teve alguns problemas para relaxar a parte direita do lábio inferior, problema que os médicos suspeitavam ser devido à falta de nervos, mas ela se recuperou bem, sem a necessidade de outras intervenções.
"A duplicação craniofacial de nossa paciente é um caso raro que se apresenta como uma anomalia isolada, sem síndromes ou anormalidades associadas. Embora essa condição seja rara, é importante considerar individualmente cada quadro, já que existe o risco de que essas estruturas possam comprometer a alimentação", escreveram os médicos.
Meio Norte