O Governo do Maranhão anunciou oficialmente, nesta terça-feira (8), que sinalizou ao Governo de São Paulo o interesse na aquisição do "máximo possível de doses" da CoronaVac, vacina contra a Covid-19 produzida pelo laboratório chinês Sinovac em parceria com o Instituto Butantan. A vacina, anunciada por SP para o dia 25 de janeiro, ainda precisa ser liberada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Em entrevista coletiva nesta terça, o governador Flávio Dino (PCdoB) disse que o estado possui recursos para a compra da CoronaVac, mas que a data de vacinação no Maranhão ainda depende da autorização da Anvisa e, em seguida, do Plano Nacional de Vacinação do governo federal.
"Nós dependemos, primeiro, que São Paulo consiga fabricar as vacinas e que elas sejam autorizadas pela Anvisa para que possam ser compradas pelo Governo do Maranhão. No entanto, nós ainda não temos essa informação, porque mesmo em São Paulo, a Anvisa ainda não autorizou a vacinação. De outro lado, nós dependemos do plano nacional de imunização. Caso São Paulo não consiga aprovar a vacina ou que o Plano Nacional de Vacinação não evolua, nós temos um processo judicial no Supremo", disse Flávio Dino.
O processo movido pelo governo do Maranhão pede autorização para o estado buscar doses de vacinas em laboratórios internacionais. Não há prazo que que a ação seja julgada pelo Supremo Tribunal Federal (STF)
"Essa ação já foi proposta. É uma ação do governo estadual junto ao governo federal, porque a adoção desses caminhos [buscar vacinas estrangeiras] precisa de uma autorização da Anvisa, que é um órgão do governo federal. Se não há autorização da Anvisa, nós precisamos de uma autorização judicial para levar adiante essas medidas. Caso contrário, poderia ser considerado até contrabando a compra de vacinas sem autorização. Por isso, o Maranhão entrou com essa ação na Justiça para que nós possamos obter a autorização para comprar e garantir o suporte financeiro dessa compra, já que a lei diz que toda vacinação é obrigação do governo federal", explicou o governador.
Como as negociações ainda acontecem de forma preliminar, a secretaria de saúde disse que ainda não é possível apontar o número de doses que serão compradas. As datas em que eles serão aplicadas também não foram definidas, já que a CoronaVac ainda precisa ser aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Enquanto isso, o boletim epidemiológico mais recente aponta que o Maranhão chegou a marca de 195.221 casos confirmados e 4.344 mortes por Covid-19, de acordo com os dados da Secretaria de Estado da Saúde (SES). Nas últimas 24h, foram registrados 135 novas infeções pela doença. O número de casos suspeitos do novo coronavírus chegou a 6.484 e o de recuperados a 186.792.
Fonte;G1MA
