A decisão do PMDB de romper com o governo Dilma Rousseff, tomada agora no início da tarde em Brasília, é o sinal mais claro de que o mandato da presidente será mesmo interrompido, tanto pela Câmara Federal quanto pelo Senado, onde os aliados da petista se resumem hoje a uma minoria.
O impeachment terá consequências fortes no cenário político do Maranhão. E o saldo, como pode ser prevê, será negativo ao governo de Flávio Dino, até hoje um dos mais ferrenhos defensores de Dilma e do ex-presidente Lula, ao ponto de atacar quem defende o impedimento como golpistas
Com a queda de Dilma Rousseff, as relações do governador maranhense não serão mais as mesmas que tinha com o Palácio do Planalto. A amizade com a bancada federal sofrerá graves abalos; até porque os deputados e senadores pelo Maranhão sempre foram tratados com desdém pelo governador.
Os prefeitos, na sua ampla maioria, são tratados a pontapés. Não tem água e nem pão. Seus pleitos presentes são jogados no mar e os convênios do passado já foram enterrados. Esses serão os primeiros a reagir com pulso forte porque não aceitarão servir de escadas para os candidatos do Palácio dos Leões.
O cenário mudará desde já se acontecer o afastamento para que a presidenta possa se defender daquilo que não se vislumbra defesa. Então, se a solidão já bateu na porta do Palácio dos Leões, não encontrará nenhuma resistência para fazer morada.
Ou, quem sabe, até provocar expulsão. Aí é uma outra história que só o tempo dirá.
Fonte:Luís Cardoso