O delegado
de Castelo do Piauí, Francírio Queiroz, informou que
não abriu inquérito para responsabilizar criminalmente a empresa
Transnordestina pela queda de três adolescentes em uma ponte ferroviária, na
zona rural do município, no dia 22 de abril. Duas jovens fraturaram o fêmur e
uma fraturou o tornozelo. Elas passaram por cirurgia no Hospital de Urgência de
Teresina (HUT).
De acordo com o
delegado, as investigações iniciais apontaram que
não houve indício de conduta criminal a ser imputada à Transnordestina e que a
queda das adolescentes foi um acidente. “É um ilícito civil, não dá para
imputar conduta criminal a alguém. Pelo que investigamos, preliminarmente, foi
uma falha mesmo no âmbito do direito civil”, disse Francírio Queiroz.
O acidente
aconteceu em uma ponte de concreto na localidade Xinguara, zona rural de
Castelo do Piauí, Norte do estado. Segundo a Polícia Civil, as vítimas faziam
selfies, quando uma plataforma na lateral da ponte desabou e elas caíram de uma
altura de 10 metros.
A ponte
ferroviária de onde as jovens caíram é localizada sobre o rio Cais, que divide
Castelo do Piauí e Buriti dos Montes, e a pista não possui saída lateral,
apenas caixotes ou recuos que os moradores chamam de "orelhas". Um
deles desabou quando as jovens entraram para tirar foto. Testemunhas disseram
que nestes caixotes as pessoas abrigam quando o trem passa na ferrovia.
A empresa Transnordetina
disse que o acesso é proibido para pedestres.
No
entanto, as vítimas afirmaram que não havia placas indicando a proibição. Uma
das vítimas do acidente, Valéria Ferreira, 22 anos, disse que a família
pretende processar a empresa.
“Nós entramos com uma ação, um mesmo
advogado para as três. Disseram que a gente tinha invadido, mas não tinha placa
de nada, a gente sempre tirava foto lá, e o local era justamente para ser um
socorro”, citou.
Fonte:G1PI