
O policial militar Samuel de Sousa Borges
, 30 anos, foi assassinado com três tiros por outro policial, do Maranhão, no
início da tarde desta sexta-feira (1) na rua Cândido Ferraz no bairro Jockey
Club na zona Leste de Teresina.
O acusado, identificado como Francisco
Santos Filho, usou duas pistolas (.40 e 38). A confusão aconteceu nas
proximidades dos colégios Lerote e Dom Barreto. Ele é lotado no Batalhão da
Polícia MIlitar de Timon. A pistola 38 tem o brazão do estado de São
Paulo.
Segundo informações, Samuel de Sousa
chegou na escola em uma motocicleta para buscar seu filho de 4 anos quando foi
alvejado pelo policial do Maranhão com três tiros nas costas e um na cabeça. A
criança presenciou o crime e entrou em estado de choque e foi levado por funcionários
da escola para dentro da instituição de ensino, onde seria acompanhada por uma
psicóloga.
Samuel Borges iria colar grau na noite
desta sexta-feira (1º). Ele foi homenageado pelos colegas durante a cerimônia.
Ele iria se formar em Nutrição. ''O céu vibra com a chegada de uma das pessoas
mais éticas, humanas e pacientes que nós conhecemos. O nosso eterno colega de
turma Samuel Borges. Hoje o nosso amigo deixa a terra levando lealdade,
humildade. Uma pessoa que nos ensinou sobre encarar a vida co dignidade, sobre
amar ao próximo como a nós mesmos', disse uma das formandas, bastante
emocionada.

O delegado Willame
Moraes, gerente da polícia do interior, afirmou que foi deixar a filha dele no
colégio e foi obrigado a intervir na briga. Segundo ele, o policial assassinado
era lotado no Batalhão da Polícia Militar de Rondas Ostensivas de Natureza
Especial - RONE no Piauí, mas atualmente estava a serviço da Vice-Governadoria
do Piauí.

Williame Moraes disse que deu voz de prisão contra o
acusado e telefonou para o coronel Lindomar Castilho, pediu apoio da PM e o
acusado foi conduzido para Central de Flagrantes de Teresina.

Segundo o delegado Williame Moraes, o policial do
Maranhão estava com duas armas, uma utilizada no crime e uma que ele chama de
vela.
De acordo com informações do delegado, o
acusado afirmou que matou o policial porque estava sendo perseguido no
trânsito. A policía disse que não vai descartar nenhuma das possibilidades.
O soldado Francisco Santos Filho responde
a três processos no Maranhão. O comandante da Polícia Militar do Maranhão
o coronel Luongo, disse que a corporação está fazendo o levantamento
sobre a natureza dos três processos que são respondidos pelo policial que matou
o cabo Samuel Borges.
Ele declarou que o soldado Francisco Filho
ao usar uma arma com a númeração raspada é uma ilegalidade já que o
policial só pode usar arma da corporação, o coronel Luongo disse que
espera que a justiça do Piauí julgue o policial pelo o assassinato.


Fonte: Meio Norte