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Polícia Civil prendeu na noite desta terça-feira (9) Ernildo Sousa Silva, de 18
anos, na cidade de Turilândia, no noroeste do Maranhão. Ele confessou ter
matado a bebê Kethelyn Rodrigues, de 1 ano e 10 meses de idade, porque não
gosta do pai dela e sentia ciúmes da sua companheira, que é mãe da criança.
A polícia soube do caso
quando Ernildo e sua atual companheira, de 16 anos, compareceram ao Hospital de
Turilândia com o corpo da bebê. Segundo o casal, a criança teria caído de uma
rede e batido a cabeça no chão. Entretanto, o médico plantonista constatou que
o corpo da criança apresentava marcas no pescoço compatíveis com sinais de
esganadura.
O Conselho Tutelar e a
Polícia Militar foram acionados e o casal foi conduzido para a Delegacia de
Santa Helena para prestar esclarecimentos. Inicialmente, o casal negou,
veementemente, qualquer ação que tivesse matado a criança. Porém, o exame
necroscópico comprovou que a criança foi esganada e morreu por asfixia.
Diante das evidências,
Ernildo confessou o crime durante interrogatório na Delegacia Regional de
Pinheiro. Segundo ele, a decisão de matar a criança apertando o pescoço dela
com as mãos aconteceu enquanto ela dormia na rede. Ernildo disse que fez isso
porque não gosta do pai dela e tem ciúmes da sua companheira.
Em
depoimento, a mãe disse uma amiga havia falado que a criança parecia muito com
o pai. Ouvindo isso, Ernildo não gostou e disse que a mãe da criança não
deveria ficar falando do seu ex-namorado. Houve discussão e a adolescente saiu
para a casa da mãe. Ao retornar, estranhou a criança dormir muito e acabou
encontrando o bebê ainda com vida.
O casal levou a criança
para o Hospital de Turilândia, mas ela já chegou sem vida. Diante do crime,
Ernildo foi autuado em flagrante por feminicídio qualificado por motivo fútil.
Ele foi encaminhado para o Presídio Regional de Pinheiro, onde permanecerá à
disposição da Justiça. Se condenado, pode ficar preso por até 30 anos.
Já a mãe da criança foi
liberada após prestar depoimento. De acordo com a polícia, as investigações não
apontaram a participação dela no crime. Entretanto, as investigações continuam,
no sentido de esclarecer completamente os fatos.
G1MA