quinta-feira, 24 de fevereiro de 2022

Caso bebê Wesley: vizinhança impede invasão em casa de família presa suspeita da morte da criança em ritual

Moradores da Vila Joana D’Arc, na Zona Leste de Teresina, contaram ao g1 que impediram que a casa onde morava a família que foi presa suspeita de matar o bebê Weslley Carvalho Ferreira, de 1 ano e dez meses, fosse invadida e depredada na noite de terça-feira (22). Os pais e os avós paternos foram presos na segunda (21), suspeitos de matar e queimar a criança durante um ritual.

Segundo os moradores, na noite de terça um grupo de três pessoas, também moradores da vila, decidiram invadir a casa. Dentro da residência estavam pelo menos nove pessoas, a maioria delas crianças, todos filhos do avô e avó do menino Weslley.Weslley.

"Foram uns dois ou três marginais que moram aqui perto, disseram que iam entrar na casa e quebrar tudo, botar fogo", disse uma moradora que não quis se identificar.

Diante da ameaça, os vizinhos se juntaram para impedir a invasão do imóvel e os outros desistiram. "Eles não chegaram a tentar, só ameaçaram. O que aconteceu foi um bate-boca. Quem sofre com isso são as crianças, que são todas inocentes", disse a moradora.

Crianças resgatadas

Pais do bebê são conduzidos à DPCA que teriam matado o filho queimado em um ritual em Teresina — Foto: Polícia Civil Piauí

Pais do bebê são conduzidos à DPCA que teriam matado o filho queimado em um ritual em Teresina — Foto: Polícia Civil Piauí

Os dois idosos, avós do bebê Weslley, têm dez filhos, com idades entre 10 e 20 anos. Desde que o desaparecimento do bebê começou a ser investigado, eles deixaram o sítio onde moravam no povoado São Bento, na Zona Rural de Altos, e voltaram à antiga casa, na Vila Joana D’arc.

Diferente do que foi relatado pelos moradores do povoado, a família é querida pela vizinhança da vila onde moravam por 15 anos. Os moradores relataram que estão “estarrecidos” com as investigações.

Após a prisão dos quatro suspeitos de matar o Weslley, o restante da família ficou sozinha na casa e, depois da ameaça dos bandidos, todos foram retirados do imóvel e resgatados por um dos vizinhos.

Segundo eles, os filhos relatam não saber nada sobre o que aconteceu ao menino. "Eles estão todos assombrados com essa história. Estão sem ver televisão, jornais, para não sofrerem ainda mais. São crianças inocentes", comentou a moradora.

Segundo ela, a família morou por cerca de 15 anos na vila, até se mudarem, por volta de 2018, para a Zona Rural de Altos e mesmo assim continuaram donos da casa na vila, que usavam quando precisavam vir a Teresina.

Os vizinhos relembram que eram uma família "comum", apesar de numerosa, e que ajudaram outros moradores em tempos difíceis

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