O
Terminal de Integração da Praia Grande, na Avenida Vitorino Freire, no Centro
de São Luís, começou esta terça-feira (22) parcialmente interditado. Duas
plataformas não estão funcionando por risco desabamento e até incêndio, segundo
auto de infração da Defesa Civil. O consórcio chegou a recorrer, mas a Justiça
manteve a decisão.
A decisão inicial era de interditar o
terminal por completo, mas depois de um pedido da
Prefeitura de São Luís, a Defesa Civil emitiu novo laudo que autoriza o
funcionamento parcial do local. Assim, apenas duas das quatro plataformas estão
em funcionamento.
Na manhã desta terça,
agentes da Secretaria Municipal de Trânsito e Transporte (SMTT) estavam
acompanhando o fluxo dos ônibus. Como duas plataformas foram interditadas, o
trânsito dentro do terminal ficou mais lento, pois todos os veículos passaram a
revezar as outras duas plataformas liberadas para uso.
Os terminais são de
responsabilidade da Prefeitura de São Luís, que repassou a administração para
consórcios de empresas que participaram da última licitação do transporte
público da capital. No caso do Terminal da Praia Grande, o responsável é o
Consórcio Taguatur Ratrans - Consórcio Central.
A administração dos
terminais por parte dos consórcios começou em 2016. A prefeitura disse que
consta no contrato entre as partes que a manutenção, limpeza e toda a administração
passaram a ser das empresas unidas por meio de consórcios.
"Convém
lembrar que, por força de contrato assinado após o processo de licitação de
transporte urbano da capital maranhense, os consórcios vencedores e que operam
o serviço são inteiramente responsáveis pela realização de reformas estruturais
e manutenção dos terminais de integração da capital. No caso do Terminal da
Praia Grande, a competência pela administração e, consequentemente pela reforma
e manutenção, é do Consórcio Central", disse a prefeitura por meio de
nota.
A inspeção que
confirmou os problemas estruturais no terminal foi feita pela Defesa Civil e
Corpo de Bombeiros. Os problemas atingem telhados, colunas e, por isso, há
risco de desabamento. O Ministério Público também acompanha o caso.
"A Defesa
Civil constatou a iminência de um acidente. Então enquanto se discute de quem é
a responsabilidade, a população está aqui [no terminal] para pegar ônibus com
esse risco de desabamento. Então, antes que ocorra uma tragédia de proporções
incalculáveis, a Defesa Civil interdita o terminal para se discutir onde vai
ser a distribuição das linhas e da integração", disse a promotora de
Defesa do Consumidor, Lítia Cavalcante.
Nota da Prefeitura de São Luís
A Prefeitura de São
Luís esclarece que o Terminal de Integração da Praia Grande segue em operação,
porém com duas plataformas isoladas por orientação do Corpo de Bombeiros e
Defesa Civil Estadual para que sejam reformadas.
Convém lembrar que,
por força de contrato assinado após o processo de licitação de transporte
urbano da capital maranhense, os consórcios vencedores e que operam o serviço
são inteiramente responsáveis pela realização de reformas estruturais e
manutenção dos terminais de integração da capital. No caso do Terminal da Praia
Grande, a competência pela administração e, consequentemente pela reforma e
manutenção, é do Consórcio Central.
A Prefeitura
esclarece ainda que a Vara dos Direitos Difusos e Coletivos, atendendo a pedido
da Procuradoria Geral do Município (PGM), determinou, no mês de setembro de
2019, que as empresas consorciadas, no prazo de 120 dias, fizessem as reformas
e adequações necessárias nos terminais da capital, a fim de sanar as
irregularidades constatadas no laudo da vistoria feita pela Secretaria
Municipal de Trânsito e Transportes (SMTT). Com exceção do consórcio Central,
todos os demais consórcios acionados celebraram acordo em audiência e irão
iniciar os reparos necessários.
Por fim, a 4ª
Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Maranhão, por sua vez, confirmou a
decisão proferida pela Vara de Interesses Difusos e manteve a obrigação e
responsabilidade do consórcio Central pela realização de reforma e manutenção
do referido terminal da Praia Grande.
Em função do
impasse, a SMTT está no local desde cedo para organizar a logística e minimizar
os transtornos aos passageiros.