Empossada após a fuga de Lidiane Leite da Silva, a prefeita em exercício de Bom Jardim (MA) Malrinete Gralhada (PMDB), afirmou, neste sábado (29), que vai contrar uma auditoria para apurar as irregularidades nas contas do Executivo Municipal.
"Esses indícios de que foram desviados recursos, a Justiça vai ficar sabendo porque nós estaremos também colaborando com as investigações", garantiu, em entrevista concedida à TV Mirante. Gralhada tomou posse como prefeita na sexta-feira (29), após ter sido empossada pelo juiz Cristóvão Sousa Barros, titular da 2ª Vara da Comarca, no Fórum de Bom Jardim (MA). O juiz havia concedido, na quinta-feira (27), mandado de segurança determinando que Gralhada assumisse imediatamente a prefeitura. A prefeita Lidiane está foragida desde o dia 20 de agosto, quando foi deflagrada a "Operação Éden", da Polícia Federal, que apura desvios de verbas da educação. De acordo com o superintendente da PF no Maranhão, Alexandre Saraiva, foi solicitada a inclusão do nome dela à lista de procurados da Interpol.
Sem defesa O advogado Carlos Sérgio de Carvalho informou ao G1, nesta sexta-feira (28), que se desligou do caso. Segundo ele, o escritório C. S. C. B. Advogados Associados foi contratado exclusivamente para a impetração de habeas corpus perante o Superior Tribunal de Justiça (STJ). O pedido foi negado pela ministra Maria Thereza de Assis Moura. Na quinta-feira (27), Carlos Sérgio havia afirmado ao G1 que a prefeita estudava a melhor forma de se entregar à PF. Ele havia assumido a defesa de Lidiane na segunda-feira (24).
Na falta de argumentos contra a revelação feita na quinta-feira 27 pelo presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, de que a paralisação de mais de 500 grandes obras no estado ocorreram, exclusivamente, por determinação do próprio governo Flávio Dino, o Palácio dos Leões passou a atacar o sub-relator da CPI do BNDES, deputado federal André Fufuca (PEN-MA).
Desde o início da noite dessa sexta-feira 28, o ghost-ruler (governador oculto, em português. É como se chama a pessoa que exerce poder de governador, mesmo não tendo sido eleita para o cargo, e faz a população pensar que é um pau mandado seu quem governa) do Maranhão, Márcio Jerry Barroso, tenta desqualificar Fufuca nas redes sociais, pelo simples fato do parlamentar ser o autor da pergunta que revelou que o governo do PCdoB vinha mentindo para a população maranhense sobre a paralisação das 500 obras.
FACEBOOK
Por meio do Twitter, em vez de se limitar a responder a fala do dirigente da instituição financeira, Márcio Jerry declarou que o sub-relator da CPI do BNDES "recebeu o brieffing (sic!) errado". Em outra frente, por meio da mídia anilhada onde atua como ghost-writer (jargão no jornalismo para redator oculto), Jerry inventou uma denúncia com uma foto tirada ontem, um dia após a reunião da CPI, em um restaurante em São Luís, compartilhada publicamente num grupo de WhatsApp da bancada federal maranhense por um dos participantes do almoço. Por meio da foto, a eminência parda de Flávio Dino tenta passar a ideia de que o deputado federal André Fufuca, que apenas fez uma pergunta ao presidente do banco como sub-relator da CPI, estava a serviço do ex-secretário de Saúde Ricardo Murad.
O curioso é que, apesar do próprio presidente do BNDES afirmar que a resposta para a paralisação das obras deve ser dada pelo governo do PCdoB, o governador oculto do Maranhão insiste no factoide de que foi o próprio BNDES o autor da ação por, segundo ele, ter encontrado indícios de graves irregularidades no uso da verba na gestão da ex-governadora Roseana Sarney (PMDB). Diante da resposta dada por Luciano Coutinho e dos ataques de Márcio Jerry, fica claro, porém, quem fala a verdade e quem está mentindo.
Nos bastidores, comenta-se que o ataque de Márcio Jerry à André Fufuca está no fato do medo que tomou conta do Palácio dos Leões desde que o deputado federal maranhense assumiu a sub-relatoria da CPI que tem a finalidade de investigar o que foi e o que está sendo feito com os recursos dos empréstimos feitos junto ao BNDES, ocorridas entre os anos de 2003 a 2015, ou seja, inclusive os R$ 180 milhões liberados pelo banco em maio deste ano, mas que ninguém sabe onde foi parar.
Insatisfeitos com a jornada de trabalho ser acima da Lei do Piso, o núcleo do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Maranhão (Sinproesemma) em Colinas realizou, na manhã dessa sexta-feira 28, uma manifestação em favor da implantação das 13 horas semanais. O ato, que também cobrou a nomeação de excedentes do concurso da rede municipal realizado em 2014, aconteceu na Praça Henrique Leite, Centro da cidade. A informação é do Diário de Colinas.
De acordo com a coordenadora do Sinproesemma em Colinas, Ana Paula, os professores da rede pública municipal cobram a destinação de um terço da carga horária para o planejamento escolar, como determina a Lei do Piso, aprovada pelo Congresso Nacional em 2008.
DIÁRIO DE COLINAS
A dirigente denuncia ainda que, apesar da determinação da lei para que interação entre os docentes e os educandos não exceda o máximo 13 horas semanais, os professores de Colinas estão cumprindo uma carga horária composta por 15 horas semanais.
Excedentes
Durante o protesto, os manifestantes também defenderam a importância da convocação dos excedentes do concurso público de 2014.
Os dirigentes do Sinproesemma de Colinas rebatem os argumentos da falta da falta de orçamento, levantados pela administração do prefeito Antônio Carlos (PSB), por meio da Secretaria Municipal de Educação, porque a nomeação dos excedentes, em substituição dos contratos, irá prevenir os cofre da prefeitura do pagamento de mais multas, já que isso vem acontecendo em anos anteriores por diversas irregularidades trabalhistas na contratação de profissionais sem concurso.
Levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) publicado nesta sexta-feira (28) no “Diário Oficial da União” aponta que o Brasil tem 204.450.649 habitantes. Os dados se referem a julho de 2015. Em 2014, o IBGE havia estimado a população em 202 milhões.
O estado mais populoso, segundo o levantamento, é São Paulo, com 44.396.484 pessoas. Roraima é onde vivem menos habitantes, 505,6 mil.
O segundo estado de maior população é Minas Gerais, com 20.869.101. Depois vem o RIo de Janeiro, com 16.550.024.
O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, derrubou na quinta-feira 27, durante depoimento na CPI do BNDES, na Câmara dos Deputados, alegação dada pelo governador Flávio Dino (PCdoB) para a paralisação de mais de 500 grandes obras no estado nos setores de educação, saúde e infraestrutura.
Desde que assumiu o comando do Palácio dos Leões, Dino tem culpado a gestão da ex-governadora Roseana Sarney (PMDB) pela paralisação das obras. Segundo o comunista, o próprio BNDES não teria dado o aval para a continuação das obras por suspeita de desvio de recursos públicos na gestão da peemedebista.
Tudo mentira.
Ao responder a um questionamento feito pelo deputado federal e sub-relator da CPI, André Fufuca (PEN-MA), sobre o real motivo da paralisação de obras financiadas pelo banco no Maranhão, Coutinho foi categórico ao apontar o real culpado: “A questão tem que ser dirigida ao Governo do Maranhão”.
Segundo explicou o dirigente da instituição financeira, houve, no governo Flávio Dino, “remanejamento e replanejamento” da aplicação dos recursos do BNDES concedidos por empréstimos ao Governo do Estado e, por isso, cabe ao Executivo estadual explicar as paralisações.
“Isso causa inquietação na população do nosso estado. No Maranhão, hoje, essas […] seriam obras de grande porte para o nosso estado. E essas obras encontram-se paralisadas. E eu lhe pergunto: qual a razão para a paralisação de mais de 500 obras num estado tão pobre como o estado do Maranhão?”, perguntou o parlamentar maranhense.
“A questão tem que ser dirigida ao Governo do Maranhão, porque, na verdade, o novo governo assumiu, fez um reavaliação, decidiu remanejar e replanejar, de maneira que o que nós poderemos lhe fornecer são as informações e o faremos”, respondeu Luciano Coutinho.
Nessa tarde de sexta-feira os ternometros estão registrando 32° Graus, Um calor muito grande e para piora, as parte mas alta da cidade esta sem agua, O que faz fica mas difícil aguenta esse calor, só pra lembra todo os anos nesse, periudo os moradores sofrem sem agua nessa areia, próximo ao centro de ensino médio,mas todo mês vem cobrança do que não consumimos!
O vídeo abrigado acima, publicado em outubro de 2013 em um canal oficial da própria Prefeitura de São Luís, confirma que a canalização e retenção do canal do Rio Gangan, no trecho da Avenida Eurípides Bezerra, e a construção da Ponte Pai Inácio faziam parte da mesma obra, bancada com recursos do governo federal, por meio do Ministério da Cidades.
PREFEITURA DE SÃO LUÍS/DIVULGAÇÃOCONSTRUÇÃO NUNCA EXISTIU E O DINHEIRO SUMIUEdivaldo Holanda Júnior em outubro de 2013, anunciando para a população, no próprio local, a construção da Ponte Pai Inácio
Nas imagens, após mostrar que os serviços de canalização já estavam concluídos, é informado que o prefeito Edivaldo Holanda Júnior iria dar continuidade à obra e construir a ponte sobre o Rio Gangan, além de urbanizar a área, ligando os bairros do Parque Vitória e Turu Velho, como parte do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) 2.
Aos 1 minuto e 30 segundos do vídeo, o ex-titular da Secretaria de Obras e Serviços Público de São Luís (Semosp), José Vieira, que caiu do cargo pouco tempo depois por corrupção, informa que já iriam ser iniciados os serviços de terraplanagem, a construção da ponte, edificação do canal no trecho da Pai Inácio e, por fim, a ligação do canal, que seria da Rua Nossa Senhora da Vitória, no Parque Vitória, até o trecho que fica entre a Avenida Eurípides Bezerra e a Avenida São Luís Rei de França.
PREFEITURA DE SÃO LUÍS/YOUTUBEOBRA FEDERALNo destaque em amarelo, trecho em que a própria Prefeitura de São Luís diz que a construção da Ponte Pai Inácio faz parte do PAC
Na publicação feita pela Comunicação do Executivo municipal, é possível ainda observar que a até mesmo na própria descrição do vídeo, a Prefeitura de São Luís confirma que a construção da ponte fazia parte da obra federal.
De acordo com dados da Caixa Econômica Federal (CEF) e do Portal da Transparência do governo federal, o valor do investimento feito no Rio Gangan foi de R$ 7.831.491,22, sendo o valor financiado de R$ 7.380.369,19, e a contrapartida da prefeitura de R$ 427.284,53.
A tela de acompanhamento das obras da CEF e do Transparência informa ainda que os serviços já estão concluídos, e que o valor liberado para a Prefeitura de São Luís é de R$ 7.143.325,39, tendo como última data de liberação o dia 5 de maio de 2015, no valor de R$ 143.662,72, o que indica que a gestão do prefeito Edivaldo Holanda Júnior continuou e continuará recebendo o restante do dinheiro, embora a data da última medição tenha sido feita deste o dia 23 de fevereiro deste ano.
Recurso municipal
HILTON FRANCOCADÊ O DINHEIRO QUE ESTAVA AQUI?Placa da ponte fantasma de Edivaldo Holanda Júnior, que não resistiu ao descaso e a espera do dinheiro público começar a ser empregado na obra
Um outro fato que também chama atenção sobre a ponte fantasma Pai Inácio está na falta de explicação por parte de Edivaldo Holanda Júnior para a placa colocada pela Semosp no local ainda no ano de 2013.
Segundo a placa, que violava a obrigação legal de informar o valor, a empresa responsável e o período da obra, a construção da Ponte Pai Inácio seria feito com recursos da própria Prefeitura de São Luís.
Passados quase dois anos, a placa, que chegou a ser derrubada e abandonada por meses no local, como mostra a imagem ao lado, foi levada por funcionários da Semosp, mas a construção da ponte nunca foi iniciada, nem foi informado onde foi parar os tais recursos do município.
Recurso estadual
No início desta semana, foi a vez do governador e patrono de Edivaldo Júnior, Flávio Dino (PCdoB), dar provas de que pretende fazer de tudo para que o seu afilhado e protótipo do discurso da mudança se reeleja em 2016.
Para abafar o caso de suspeita de desvio de dinheiro público federal e municipal, Dino tratou de incluir a construção da ponte fantasma no programa estadual interbairros, e reinaugurou o início da obra pela segunda vez, quase dois anos depois da primeira inauguração. Curiosamente, a camaradagem do governador do Maranhão é tão suspeita quanto o escamoteio de Edivaldo, já que o comunista anunciou apenas a construção da ponte, porém sem informar o valor, a empresa responsável, bem como o período de construção da Ponte Pai Inácio.